29 setembro 2006
É uma raça em expansão. Como os subúrbios. E os passeios de fato de treino no Colombo.
28 setembro 2006
Status Quo
Consider me an object. Put me in a vacuum.
Free of all conditions. Free of air and friction.
Free of all conditions. Free of air and friction.
A morte e o ser
Perante a morte ganho uma incrível consciência do que sou. Das linhas que me rodeiam e do limite imposto àquele corpo inútil em torno do qual nos juntamos nessas alturas. Tenho para mim que a morte é magnânima. Que nos oferece a imensa dádiva de Ser.
27 setembro 2006
Jones @ 26
O optimismo do ano passado prolongou-se até agora. Espero que continue. Afinal só tenho 26 anos. E diz que a vida só começa aos 30...
26 setembro 2006
Defence Mechanism
an automatic way of behaving or thinking by which you protect yourself from something, especially from feeling unpleasant emotions.
25 setembro 2006
22 setembro 2006
Incondicional
Sou um bocado extremista em relação a praticamente tudo. Ou adoro ou odeio. Quando adoro faço-o de forma estupidamente incondicional. Digo estupidamente porque já foi fonte de alguns episódios menos bons. No entanto, e apesar dos pesares causados, faço um esforço por continuar a ser assim. Estupidamente, talvez.
Sobre o Medo
Analisando todas as decisões que tomei ao londo de quase 26 anos de vida, constato que o factor predominante em todas elas, longe (tão longe) de ser a minha vontade, foi o Medo.
E de repente...
... todo o meus estado zen começa a abandonar-me e começo a ficar apreensiva em relação ao meu futuro.
21 setembro 2006
20 setembro 2006
Vai dar tudo ao mesmo ou um post sem "moral da história"
Há uns dias que uma colega de trabalho anda preocupada com o comportamento da filha que entrou há duas semanas para a escola. Os bitaites que se vão mandando assemelham-se em muito às diferentes posições que se tomam em relação à guerra contra o terrorismo.
Uns defendem a via do diálogo: explicar a uma criança de dois anos que não se deve bater aos outros meninos ou explicar aos outros meninos de dois anos o que devem dizer ao menino que os ataca, não me parece que vá dar grandes frutos.
Outros defendem que, aos dois anos já é boa altura dos meninos se defenderem.
Eu, que (ainda) não tenho filhos, vou mandando bitaites, lembrando-me sempre do que o meu pai me dizia:
"Se te baterem, não fazes queixinhas. Fechas a mão (e ensinava-me a fechar o punho e a orientá-lo) e dás-lhe um murro no nariz".
Uns defendem a via do diálogo: explicar a uma criança de dois anos que não se deve bater aos outros meninos ou explicar aos outros meninos de dois anos o que devem dizer ao menino que os ataca, não me parece que vá dar grandes frutos.
Outros defendem que, aos dois anos já é boa altura dos meninos se defenderem.
Eu, que (ainda) não tenho filhos, vou mandando bitaites, lembrando-me sempre do que o meu pai me dizia:
"Se te baterem, não fazes queixinhas. Fechas a mão (e ensinava-me a fechar o punho e a orientá-lo) e dás-lhe um murro no nariz".
Agora diz que...
YELLOW |
You are very perceptive and smart. You are clear and to the point and have a great sense of humor. You are always learning and searching for understanding.
Sou amarela...
18 setembro 2006
Liberdade
Um Homem é livre de atirar de um penhasco. Um Homem é livre para sofrer e inflingir dor a si mesmo. Um Homem é livre para, no desespero, escolher a pior das fugas. Não me dou muito bem com o livre-arbítrio dos outros. Nalguns casos mostra-me apenas a minha incapacidade de mostrar o óbvio. A minha incapacidade de mostrar o tamanho colossal do erro que se vai cometer. A liberdade dos outros é, algumas vezes, um espelho da minha frustração.
Saturday Night Fever
Angústia:
do Lat. angustia
s. f.,
estreiteza;
aperto;
limitação de espaço;
opressão;
aflição;
desgosto;
tribulação;
agonia.
do Lat. angustia
s. f.,
estreiteza;
aperto;
limitação de espaço;
opressão;
aflição;
desgosto;
tribulação;
agonia.
14 setembro 2006
Do Contra
Depois da canícula e da confusão adjacente, da histeria generalizada, das filas intermináveis para a praia, o dia de ontem trouxe como que uma frescura mentolada à minha existência.
11 setembro 2006
Karenina
Há um certo tipo de livros que não devemos reler. Mesmo que já se tenham passado 8 anos. Não devemos sobretudo ler Tolstoi quando temos a mente ocupada por Dostoievski.
08 setembro 2006
Ditadura
Não pensem que não me interessa o que pensam. Mas pura e simplesmente não me apetece ler o que pensam sobre o que escrevo. Se precisarem mesmo de dizer mal, mandem mail.
De vacaciones
O tempo livre faz-me mal. Quanto menos tempo para pensar melhor. Pensar em mim, entenda-se.
Arte II
Acho que nunca serei capaz de explicar porque é que há coisas que me comovem e outras me deixam indiferente. Nunca percebi porque é que me comovo com quase tudo o que o Noronha da Costa faz. Ou porque é que alguns retratos de gente anónima me deixam lágrimas nos olhos. Mas sei que (re)descobrir Olinda, na Rua das Janelas Verdes, pelo génio de um pintor holandês do século XVII (ou XVIII???) me deixou a pele arrepiada.
Ombro
Há uma altura em que percebemos que temos um preço. Há uma altura em que tememos que os nossos demónios estejam à solta. Há uma altura em que as dúvidas se apagam e de nós temos apenas a certeza. Sonhei que traía. Sonhei e com o sonho abri uma porta que jurava estar fechada. Acordei com a angústia, essa angústia que se cola na pele e enjoa.
01 setembro 2006
Vanderlei, o meu pequeno grande herói
Há criaturas assim. Ninguém dá nada por elas, não se vêem (são microscópicas, neste caso), não se ouvem, mas fazem toda a diferença. O descontrolo hormonal que é a minha pessoa deve muito a esse simpático inquilino que habita o loft que é a minha caixa craniana. É um T0 muito agradável, bem isolado, mas com uma vista modesta - com 1,57 m nunca se vê o Tejo.
O Vanderlei teve uma semana difícil. O aconchego que deveria ser o seu lar foi inundado de dúvidas existenciais, dilemas humanos, planos infalíveis para o futuro, enfim, toda uma parafernália de síncopes e achaques a que, amíude, sou dada. Mas, heroicamente, o Vanderlei foi resistindo. Aconselhou. Memorizou conselhos de outros. Manteve-se firme e hirto face à avalanche de imbecilidades que me passaram pela cabeça.
Ao fim de 48 horas consegui decidir. A escolha óbvia para todos - até para o Vanderlei. A escolha que quase não é escolha, apenas porque o seu contrário seria um atestado de idiotice que, afinal, não faria justiça ao meu pequeno grande herói.
Claro que depois da agitação toda, o Vanderlei foi para os copos. O descanso do guerreiro. O mal é que não me dou bem a trabalhar sem ele...
O Vanderlei teve uma semana difícil. O aconchego que deveria ser o seu lar foi inundado de dúvidas existenciais, dilemas humanos, planos infalíveis para o futuro, enfim, toda uma parafernália de síncopes e achaques a que, amíude, sou dada. Mas, heroicamente, o Vanderlei foi resistindo. Aconselhou. Memorizou conselhos de outros. Manteve-se firme e hirto face à avalanche de imbecilidades que me passaram pela cabeça.
Ao fim de 48 horas consegui decidir. A escolha óbvia para todos - até para o Vanderlei. A escolha que quase não é escolha, apenas porque o seu contrário seria um atestado de idiotice que, afinal, não faria justiça ao meu pequeno grande herói.
Claro que depois da agitação toda, o Vanderlei foi para os copos. O descanso do guerreiro. O mal é que não me dou bem a trabalhar sem ele...