I started the joke.
Um dia acordamos e somos a pior versão de nós mesmos. Não que sejamos maus. Somos apenas tudo o que não queriamos ser no tempo em que sonhámos. Tudo o que acreditamos ser é afinal um mito feito de um controlo obsessivo a que nos agarramos como se dele dependessemos para (sobre)viver. E um dia mais lúcido como que somos chamados a responder perante a realidade, a assumir perante o mundo que nós e tudo aquilo porque respiramos somos o nada, a insignificância. A piada, a anedota.
5 Comments:
um dia acordamos e encontramos a pior versão dos nossos amigos, a pior versão das pessoas que melhor nos deviam compreender e ler a alma.
um dia acordamos e vemos que os nossos amigos se deixam levar pela aparência das coisas e às vezes não pesam bem que no meio das nossas gargalhadas vêm sentimentos. sentimentos que não se descolam das gargalhadas porque é só assim que os sabemos pôr no mundo e é também por isso que os nossos amigos nos adoram, porque emanamos uma luz que embrulha tudo à nossa volta, mesmo aquilo que vem das entranhas escuras do nosso ser.
um dia acordamos e os nossos amigos fazem conversa sobre confissões que lhes foram feitas, como se não fossem sobre nós, pessoas reais de quem eles gostam, mas sobre uma qualquer simpática personagem de sitcom.
um dia acordamos e desiludimo-nos com esses amigos por verem tão pouco e tão ao de leve aquilo de que somos feitos. os amigos no fundo sabem, mas às vezes esquecem-se. e às vezes erram.e às vezes deixam-se levar pelo ritmo de uma vida corrida que torna mais fácil seguir o argumento de uma sitcom do que ouvir os sentimentos no meio das gargalhadas das pessoas de quem mais gostamos.
um dia acordamos e vemos isto tudo. no dia seguinte os amigos que acabaram de revelar a sua pior versão sabem que erraram, que agiram mal e que vai demorar tempo até que a ferida feche. os amigos compreendem isto e aceitam esperar, enquanto espancam interiormente a sua versão mais horrível.
os amigos só não se não se conformam que a sua pior versão nos tenha deixado a pensar que a nossa vida merece ser tratada como uma sitcom só porque escolhemos contá-la e deixá-la no mundo com as nossas caracteristicas gargalhadas e com aquela humildade de nunca nos levarmos demasiado a sério. os amigos não vão permitir isso.
em nome dos amigos-revelação na categoria idiotas do ano, este era o post que devia aparecer em vez do que foi publicado.
ucha
pois...
:(
nem sempre estamos atentos uns aos outros...
faus
As diferenças entre os planos e as concretizações consituem, juntamente com outros, o sal da vida. Muito sal provoca sede e tensão arterial alta.
Ao ler isto reflecti, e cheguei á conclusão que sou a minha anedota pessoal, não sei bem o que isto significa, mas acho que é bom... Epa não costumo filosofar mas hoje isto parece fluir... ou não? ok, tou confuso! da proxima põe como titulo: "Cuidado podes gerar um curto circuito interno!". Mas gostei do blog! =)
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