Há uns dias que uma colega de trabalho anda preocupada com o comportamento da filha que entrou há duas semanas para a escola. Os bitaites que se vão mandando assemelham-se em muito às diferentes posições que se tomam em relação à guerra contra o terrorismo.
Uns defendem a via do diálogo: explicar a uma criança de dois anos que não se deve bater aos outros meninos ou explicar aos outros meninos de dois anos o que devem dizer ao menino que os ataca, não me parece que vá dar grandes frutos.
Outros defendem que, aos dois anos já é boa altura dos meninos se defenderem.
Eu, que (ainda) não tenho filhos, vou mandando bitaites, lembrando-me sempre do que o meu pai me dizia:
"Se te baterem, não fazes queixinhas. Fechas a mão (e ensinava-me a fechar o punho e a orientá-lo) e dás-lhe um murro no nariz".