Dan Brown e as Mulheres
Gosto de simbologia e de saber o que raio uma série de coisas querem dizer para lá do seu significado óbvio. No entanto, acho que o pessoal que se dedica demais a isso cria uma espécie de paranóia. Tudo tem um significado oculto. Qualquer dia, um desenho de uma criança de 3 anos é um emaranhado de mensagens subliminares enviadas por entidades sagradas (espero não estar a dar ideias). Mas, tenho reparado, acho que esta tendência para a simbologia é uma característica muito feminina - mas digo-o no sentido menos simbolista da coisa - nomeadamente no que diz respeito à análise que fazemos do comportamento masculino. Basta pegar numa qualquer revista feminina e damos logo de caras com uma secção que é mais ou menos "o que é que eles querem dizer quando dizem x". Ou "como saber se ele está mesmo interessado". Até entre amigas. Sempre que vamos pedir conselhos a amigas nunca, NUNCA, nos limitamos ao fiel relato dos factos. Há sempre a interpretação "do olhar", "do toque", etc. Aliás, várias vezes ouvi "ah, tenho de ver, de estar lá" e depois, quando estão, lançam-se em dissertações sobre "o olhar", "o toque", etc. E não, não estou a acusar "as outras". Perante um facto como "ah, ele não me liga" de imediato tento fazer uma série de assunções idiotas, tais como "tá-se a fazer difícil", "é tímido", whatever, uma série de conclusões baseadas apenas no total desconhecimento da pessoa em causa. Durante anos perdi uma enormidade de tempo a tentar decifrar milésimos de segundo de gestos, palavras, a fazer uma análise profunda e detalhada - e eu nunca faço análises profundas e detalhadas - quando a resposta era tão simples "ele não estava nem aí". E mais. Todas as minhas amigas que em alguma altura nos viram juntos disseram o mesmo "é estranho". Fuck!. Os homens são identidades simples. Fascinantes, sim, não estou a dar uma de "O Sexo e a Cidade", mas simples. Ligou, gostou. Não ligou, cagou.
Tudo o resto são teorias da conspiração.
Tudo o resto são teorias da conspiração.
2 Comments:
Ora ái está a conclusão que resulta da tua dissertação:
As mulheres são todas umas conspiradoras!
(Ah Ah Ah)
A simplicidade na explicação aproxima-se sempre mais da verdade. É isso mesmo. Mas sempre vai havendo variantes que um certo «jogo» confere às relações... A boa da imaginação, talvez.
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