24 abril 2006

Happy Ending

Ela precisava dele para ser. Ele definia-a. Ele precisava dela para deixar de ser. Ela anulava-o. Tinham uma dinâmica engraçada. Fingiam que não eram aquilo que ambos sabiam que eram. Dançavam num harmonioso pas-de-deux de ambiguidades semióticas, de paradoxos do nada que os dois eram. Não foram felizes para sempre. Não foram felizes nunca. Mas ambos sabiam isso. Os utópicos criticavam-lhes a desesperança. Os cépticos louvavam-lhes a honestidade.
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